quarta-feira

Charters de ALMEIDA

João Charters de Almeida e Silva (Lisboa, 1935) é um artista plástico português. Pertence à terceira geração de escultores portugueses.

Desde jovem revelou aptidão para as artes.

Em 1956 iniciou o Curso Superior de Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto (ESBAP), onde teve como mestre Salvador Barata Feyo. Concluiu o curso em 1962, com média final de 20 valores. Nesse mesmo ano obteve o Prémio de Escultura Mestre Manuel Pereira do SNI.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto de Alta Cultura. Trabalhou com o escultor Michael Challenger, em Londres. Em 1966 ganhou o Prémio Teixeira Lopes e o Prémio Imprensa. Em 1971 concorreu para o cargo de professor na ESBAP, tendo sido nomeado professor titular. Um ano depois abandonou essas funções para se dedicar exclusivamente ao trabalho de atelier.

Tendo explorado essencialmente o barro, sentiu necessidade de explorar as potencialidades do metal, mais tarde da pedra, e por último do betão.

Do ponto de vista estilístico, inicialmente o escultor desenvolveu uma linguagem plástica de diluída figuração e de tendência expressionista, frequentemente informal e de algum valor dramático. As suas obras prefiguram uma modelação abstracta, de pendor inteiramente não-figurativo, de grande rigor geométrico. Contudo há sinais de um certo biomorfismo herdado dos seus primeiros trabalhos.

Destacou-se com as obras em grande escala conhecidas por "Cidades Imaginárias", intervenções que chegam a atingir os 40 metros de altura e que podem ser apreciadas em parques e jardins de vários países. É o caso das peças metálicas pintadas a vermelho que, em Lisboa, dialogam com a paisagem da Ribeira das Naus ou da rotunda de Telheiras, das "Portas do Entendimento" concebidas para Macau, ou do conjunto escultórico instalado nas Ardenas, Bélgica

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